quinta-feira, 1 de julho de 2010

CONHEÇA A SENTENÇA DE MALDIÇÃO LIDA EM CERIMÔNIAS DE EXCOMUNHÃO NA IGREJA CATÓLICA MEDIEVAL

Ainda hoje o instituto da excomunhão é uma realidade na Igreja Católica. Certamente não tem o mesmo peso que outrora. Abaixo será transcrita uma parte da sentença que era lida para o excomungado. Leia atentamente, e observe a presença dos elementos que geravam temor e medo, suficientemente capazes de levar o punido ao desespero emocional.

A sentença de maldição era lida pelo bispo, que se encontrava cercado pelo clero, na presença do povo. O ambiente era sombrio: teto preto, sinos badalando e tochas acesas, um prenúncio do destino do excomungado.

Diz a sentença (atente para as palavras depois das reticências):

"Que sejam malditos sempre e por toda a parte; que sejam malditos dia e noite e a toda hora; que sejam malditos quando dormem, quando comem e quando bebem; que sejam malditos quando se calam ou quando falam; que sejam malditos desde o alto da cabeça à planta dos pés. Que seus olhos tornem-se cegos, que seus ouvidos tornem-se surdos, que sua boca torne-se muda, que sua língua fique pregada à abóbada palatina, que suas mãos não toquem em nada, que seus pés não andem mais. Que todos os membros do seu corpo sejam malditos; que sejam malditos quando de pé, deitados ou sentados; que sejam enterrados com os cães e os asnos; que os lobos rapaces devorem seus cadáveres . . . E assim como se extinguem hoje estas tochas por nossas mãos, que a luz de sua vida se extinga eternamente, a menos que se arrependam."

Na Idade Média, do pobre ao rico, do plebeu ao rei, todos evitavam ao máximo se depararem com uma situação como essa. Indiscutivelmente foi um excelente recurso utilizado pela igreja para manipular o pensamento e as atitudes das grandes massas.

.

2 comentários:

  1. Deveria ser lida pelo ministro presidente do STF ao Congresso Nacional lotado.

    ResponderExcluir
  2. Boa!!

    Não somente ao Congresso Nacional! Às Prefeituras, às Assembleias Legislativas, às Câmaras Municipais, aos gabinetes dos governadores. Caso se optasse por outro método de se livrar desses "encostos", bastaria atender aos apelos de alguns populares: botar todos no mesmo saco e soltar na boca de um jacaré faminto. O resultado seria parecido.

    ResponderExcluir