terça-feira, 26 de julho de 2016

CONTRADIÇÃO: POR QUE A SUÉCIA TEM ALTO ÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA, DESPONTA COMO UM DOS PAÍSES MAIS FELIZES DO MUNDO, MAS APRESENTA UM CRESCENTE NÚMERO DE DEPRESSÃO EM SUA POPULAÇÃO?



INTRODUÇÃO
Você já deve ter assistindo ou lido alguma reportagem sobre a Suécia. No mínimo tomou conhecimento que juiz de direito por lá vai ao trabalho em transporte coletivo, que o Estado proporciona à sociedade uma excelente qualidade de vida por meio dos bens de consumo coletivo, que o nível de corrupção é baixíssimo ou quase inexistente, etc. Você não foi enganado, mas o país que ocupa um dos primeiros lugares no ranking dos países mais felizes do mundo tem um lado sombrio, desconhecido do grande público. Esse lado, no entanto, não parece causar inveja a ninguém. É sobre isso que vamos tratar agora. 

AUMENTO DE CASOS DE DEPRESSÃO E ALTO ÍNDICE DE SUICÍDIO
Nas últimas três décadas, a Suécia (assim como a Noruega) teve um aumento de 1.000% no uso de antidepressivos. Isso mesmo: mil por cento. Esse dado alarmante parece contrastar com a informação de que ela está entre os países mais felizes do mundo. E de fato é um contraste.
 Além desse crescimento assustador, outro dado concorre ainda mais para ofuscar o brilhantismo propagado: a Suécia tem índice proporcional de suicídio três vezes maior do que o Brasil, ocupando o 23º lugar no mundo (o Brasil está em 40º). Não é piada. E o mais curioso ainda é saber que a Suíça, que desponta como um país mais feliz do que a Suécia, tem um índice proporcional de suicídio em torno de 50% ainda maior do que este. Algo está errado. 

COMO É MEDIDO O ÍNDICE DE FELICIDADE?
A pesquisa não é feita de porta em porta; muito menos pela internet. Os dados não são colhidos a partir de critérios subjetivos, mas objetivos. Como assim? São adotados os seguintes critérios:
1 – PIB;
2 – Expectativa de vida;
3 – Liberdade;
4 – Generosidade;
5 – Ausência de corrupção
6 – Violência;
7 – Número de mortes. 

ONDE ESTÁ O ERRO NA ESTATÍSTICA?
O erro está exatamente nos critérios adotados. Tendo em vista que os elementos são objetivos, deduz-se que, numa casa onde há riqueza, também há muita felicidade. Deduz-se que, pelo fato da sociedade estar bem avançada em termos de moralidade pública, o povo é muito feliz. E assim sucessivamente.
Conforme se vê, são critérios esdrúxulos e estão aquém de corresponderem à verdade dos fatos. É a velha crença cientificista de que a qualidade de vida, por meio da ciência, traria a redenção definitiva para a sociedade.
O erro na medição do índice de felicidade foi explicado, mas em relação ao aumento de casos de depressão no referido país, como explicar? 

QUAIS AS JUSTIFICATIVAS QUE OS ESTUDIOSOS ATRIBUEM AO ELEVADO ÍNDICE DE DEPRESSÃO NA SUÉCIA?
As justificativas são basicamente duas: (1) num país muito feliz a tendência é que aqueles que não são felizes entrem num quadro depressivo, pois, segundo os tais, a comparação que fazem uns com os outros leva à autotristeza pelo fato de não acompanharem o mesmo nível de felicidade dos grupos de pessoas comparadas, e (2) a Suécia recebe pouca insolação, cuja condição natural estaria contribuindo para o quadro de depressão de seu povo.
Você, assim como eu, já deve ter se dado conta de que essas justificativas não convencem. Uma, porque a primeira delas ignora fatores ligados aos próprios critérios adotados; a segunda, porque a pouca insolação na Suécia nos dias de hoje é a mesma há três ou cinco décadas.

O QUE REALMENTE ESTÁ POR TRÁS DA CORTINA?
Muita coisa mudou na Suécia nos últimos anos, inclusive a forma como a família é avaliada pelo Estado e pela própria sociedade. A esposa é vista com maus olhos pela sociedade e pelo Estado se optar por ficar em casa e cuidar de sua prole. É taxada de retrógrada, graças a uma maciça campanha por meio da qual se defendia que homens e mulheres não deveriam ter papéis distintos, tal qual prega o ativismo feminista. Lugar de mulher não é em casa, defendem os formadores de opinião. Consequência? Desde cedo o bebê, ainda não apartado do leito materno, é enviado para creches públicas, e lá vai crescendo sem o convívio mais de perto de seus pais – algo imprescindível para o bem-estar tanto dos pais quanto dos filhos –, recebendo, em troca, a doutrinação estatal.
Se isso não bastasse, o governo vem adotando de forma contundente a ideologia de gênero nas escolas infantis, rompendo paradigmas até então existentes. Só para se ter uma ideia, algumas escolas aboliram os pronomes “ele” e “ela”, os quais foram substituídos por um pronome neutro. O objetivo é fazer com que a criança não se veja a partir de sua biologia sexual, mas a partir de sua construção social, sem falar que são doutrinadas a aceitar tudo o que lhes geram felicidade própria, inclusive no campo da sexualidade (a bissexualidade é um tema recorrente nas salas infantis).
A Suécia tem constatado o aumento do número de aborto, pois, além de ser legalizado, é incentivado como sendo uma alternativa boa. Esse elevado índice de aborto tem contribuído para o aumento dos casos de depressão nas mulheres, que, por sinal, apresentam o dobro de suicídios do que os homens no referido país.
Ainda há outros agravantes: é elevado o número de atestados médicos, aumento de estresse por parte dos trabalhadores e falta de sintonia entre pais e filhos. A redução do rendimento escolar por parte dos alunos já é uma realidade.
A Inglaterra também vem apresentando um grande aumento no índice de depressão em crianças.
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FONTES:
https://vidaeestilo.terra.com.br/turismo/internacional/cnn-lista-os-10-lugares-mais-felizes-do-mundo-confira,6f14018cc55e4410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html
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