INTRODUÇÃO
Você já deve ter assistindo ou
lido alguma reportagem sobre a Suécia. No mínimo tomou conhecimento que juiz de
direito por lá vai ao trabalho em transporte coletivo, que o Estado proporciona
à sociedade uma excelente qualidade de vida por meio dos bens de consumo
coletivo, que o nível de corrupção é baixíssimo ou quase inexistente, etc. Você
não foi enganado, mas o país que ocupa um dos primeiros lugares no ranking dos
países mais felizes do mundo tem um lado sombrio, desconhecido do grande público.
Esse lado, no entanto, não parece causar inveja a ninguém. É sobre isso que
vamos tratar agora.
AUMENTO DE CASOS DE DEPRESSÃO E ALTO ÍNDICE DE SUICÍDIO
Nas últimas três décadas, a
Suécia (assim como a Noruega) teve um aumento de 1.000% no uso de
antidepressivos. Isso mesmo: mil por cento. Esse dado alarmante parece contrastar
com a informação de que ela está entre os países mais felizes do mundo. E de
fato é um contraste.
Além desse crescimento assustador, outro dado concorre
ainda mais para ofuscar o brilhantismo propagado: a Suécia tem índice
proporcional de suicídio três vezes maior do que o Brasil, ocupando o 23º lugar no
mundo (o Brasil está em 40º). Não é piada. E o mais curioso ainda é saber
que a Suíça, que desponta como um país mais feliz do que a Suécia, tem um
índice proporcional de suicídio em torno de 50% ainda maior do que este. Algo
está errado.
COMO É MEDIDO O ÍNDICE DE FELICIDADE?
A pesquisa não é feita de porta
em porta; muito menos pela internet. Os dados não são colhidos a partir de
critérios subjetivos, mas objetivos. Como assim? São adotados os seguintes
critérios:
1 – PIB;
2 – Expectativa de vida;
3 – Liberdade;
4 – Generosidade;
5 – Ausência de corrupção
6 – Violência;
7 – Número de mortes.
ONDE ESTÁ O ERRO NA ESTATÍSTICA?
O erro está exatamente nos
critérios adotados. Tendo em vista que os elementos são objetivos, deduz-se que,
numa casa onde há riqueza, também há muita felicidade. Deduz-se que, pelo fato
da sociedade estar bem avançada em termos de moralidade pública, o povo é muito
feliz. E assim sucessivamente.
Conforme se vê, são critérios esdrúxulos
e estão aquém de corresponderem à verdade dos fatos. É a velha crença
cientificista de que a qualidade de vida, por meio da ciência, traria a
redenção definitiva para a sociedade.
O erro na medição do índice de
felicidade foi explicado, mas em relação ao aumento de casos de depressão no
referido país, como explicar?
QUAIS AS JUSTIFICATIVAS QUE OS ESTUDIOSOS ATRIBUEM AO ELEVADO ÍNDICE DE
DEPRESSÃO NA SUÉCIA?
As justificativas são basicamente
duas: (1) num país muito feliz a tendência é que aqueles que não são
felizes entrem num quadro depressivo, pois, segundo os tais, a comparação que
fazem uns com os outros leva à autotristeza pelo fato de não acompanharem o
mesmo nível de felicidade dos grupos de pessoas comparadas, e (2) a
Suécia recebe pouca insolação, cuja condição natural estaria contribuindo para o
quadro de depressão de seu povo.
Você, assim como eu, já deve ter
se dado conta de que essas justificativas não convencem. Uma, porque a primeira
delas ignora fatores ligados aos próprios critérios adotados; a segunda, porque
a pouca insolação na Suécia nos dias de hoje é a mesma há três ou cinco décadas.
O QUE REALMENTE ESTÁ POR TRÁS DA CORTINA?
Muita coisa mudou na Suécia nos
últimos anos, inclusive a forma como a família é avaliada pelo Estado e pela
própria sociedade. A esposa é vista com maus olhos pela sociedade e pelo Estado
se optar por ficar em casa e cuidar de sua prole. É taxada de retrógrada,
graças a uma maciça campanha por meio da qual se defendia que homens e mulheres
não deveriam ter papéis distintos, tal qual prega o ativismo feminista. Lugar
de mulher não é em casa, defendem os formadores de opinião. Consequência? Desde
cedo o bebê, ainda não apartado do leito materno, é enviado para creches
públicas, e lá vai crescendo sem o convívio mais de perto de seus pais – algo
imprescindível para o bem-estar tanto dos pais quanto dos filhos –, recebendo,
em troca, a doutrinação estatal.
Se isso não bastasse, o governo vem
adotando de forma contundente a ideologia de gênero nas escolas infantis,
rompendo paradigmas até então existentes. Só para se ter uma ideia, algumas
escolas aboliram os pronomes “ele” e “ela”, os quais foram substituídos por um
pronome neutro. O objetivo é fazer com que a criança não se veja a partir de
sua biologia sexual, mas a partir de sua construção social, sem falar que são
doutrinadas a aceitar tudo o que lhes geram felicidade própria, inclusive no
campo da sexualidade (a bissexualidade é um tema recorrente nas salas
infantis).
A Suécia tem constatado o aumento
do número de aborto, pois, além de ser legalizado, é incentivado como sendo uma
alternativa boa. Esse elevado índice de aborto tem contribuído para o aumento
dos casos de depressão nas mulheres, que, por sinal, apresentam o dobro de
suicídios do que os homens no referido país.
Ainda há outros agravantes: é
elevado o número de atestados médicos, aumento de estresse por parte dos
trabalhadores e falta de sintonia entre pais e filhos. A redução do rendimento
escolar por parte dos alunos já é uma realidade.
A Inglaterra também vem
apresentando um grande aumento no índice de depressão em crianças.
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FONTES:
https://vidaeestilo.terra.com.br/turismo/internacional/cnn-lista-os-10-lugares-mais-felizes-do-mundo-confira,6f14018cc55e4410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html
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