A primeira escola de medicina no Brasil foi criada em 1808, em Salvador (Bahia). A assinatura do ato se deu assim que D. João VI chegou de Portugal (vinha fugindo de Napoleão Bonaparte), em direção ao Rio de Janeiro. Embora criada no referido ano, somente sete anos depois é que passou de fato a funcionar. Em 1813, foi a vez do Rio de Janeiro ganhar a segunda escola de medicina do país.
No início do século 19 a Europa já revelava alguma preocupação em matéria de saúde pública, tanto que já praticava a vacinação coletiva.
No dia 6 de julho de 1829, o governo brasileiro apresentou à Câmara um projeto em que regulamentava o sistema de vacinação permanente em todo o Brasil. Abaixo, leiamos um trecho do projeto, cujo conteúdo é rico em informações históricas:
"A vital instituição vacínica veio da Europa para a Bahia em 1804, e passou dali no mesmo ano para esta Corte, aonde foi cuidadosamente conservada até que o alvará de 4 de abril de 1811 criando uma junta denominada de Instituição Vacínica, deu a este importante instituto forma regular; e pede a verdade que se confesse que tem resultado imenso benefício público dos seus trabalhos: quarenta e nove mil, quatrocentos e sessenta e um indivíduos vacinados, desde aquele ano até o fim de 1828 na casa de suas sessões, além de outros muitos em casas particulares."
Há registros de que, em São Paulo, já ocorrera vacinação no ano de 1805 (portanto 24 anos antes do projeto acima citado e, obviamente, antes do Brasil se tornar Império). Embora houvesse muitas mortes por epidemias, a população se mostrava relutante em relação à vacina. Confiava mais nas receitas caseiras, nos remédios caseiros, muitos dos quais eram ensinados pelos índios.
Havia inclusive médicos que optavam pela medicina popular. Um conhecido médico dos Estados Unidos publicou, em 1829, um livro defendendo o uso de medicamentos caseiros. Na referida obra sustentava que a criança deveria se alimentar de muito leite materno, usar roupas folgadas e limpas, comer pão, fazer muitos exercícios físicos e respirar ar puro. Dizia que a febre (doença mais comum no Brasil do início do século 19) "é somente um esforço da Natureza para se libertar de uma causa ofensiva".
Em 1826, José Bonifácio defendeu, em discurso feito na Câmara, que houvesse, "em cada capital das províncias, e nas vilas principais, um facultativo médico ou cirurgião pago pelos cofres das províncias quando as respectivas câmaras não tenham para isso, os quais serão obrigados a vacinar duas vezes por semana no palácio do governo, ou na sala da câmara a todos os indivíduos que se apresentarem em circunstâncias a serem vacinados...".
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“Porque não vos fizemos saber o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade, porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: 'Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo'. E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo" (Apóstolo Pedro).
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domingo, 19 de dezembro de 2010
OS PRIMEIROS ANOS DA MEDICINA NO BRASIL
Sou evangélico, membro da Assembleia de Deus (Ministério Templo Central). Licenciado em História e Graduando em Direito. Autor dos livros "Manual de português para o dia a dia forense" (2011) e "A origem de Senador Pompeu e as nossas genealogias" (2019). Autor e editor deste blog e também do blog portuguesdidatico.
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