Darwin, que nasceu em 1809, aos 16 anos de idade já entrara para o curso de Medicina, na Universidade de Edimburg, então considerada a melhor da Inglaterra.
Entrou para curso a fim de satisfazer o desejo do pai, que também era médico. Darwin passou apenas dois anos no curso, em cujo período ele faltou a diversas aulas, notadamente no verão.
Inicialmente se decepcionou com um professor de anatomia. Darwin passou a ter aversão ao dito professor, não somente pela indolência do mestre, mas porque este se apresentava na sala de aula sujo, muitas vezes manchado de sangue dos cadáveres. E Darwin não gostava de ver sangue!
Naquele período a Universidade de Edimburg passava por uma crise. Havia uma deterioração progressiva do nível dos professores, os quais eram acusados de favorecimentos políticos e eclesiásticos. Enfim, eles eram selecionados por influência dos políticos e dos religiosos ingleses.
Outro motivo que teria afastado Darwin do curso aponta para algumas experiências traumáticas que ele teve em duas intervenções cirúrgicas. Em uma delas, uma criança fora submetida a uma cirurgia sem a aplicação de anestesia, o que teria deixado o então aprendiz traumatizado ante a dor do paciente.
Darwin também passou a ter repugnância pelos corpos dos cadáveres. Não conseguia sequer olhá-los, quanto mais tocá-los. Os corpos não recebiam a conservação devida, pois não havia material adequado para esse fim. Na mesma época em que Darwin passou a ter estes traumas, muitos cidadãos ingleses eram assassinatos para terem seus corpos vendidos aos dissecadores.
O quarto motivo diz respeito ao contato que ele teve com naturalistas, quando estava no segundo ano do curso. Era membro de uma sociedade de História Natural, por quem foi recomendado a investir seus estudos em torno da história natural (que compreendia na época zoologia, meteorologia, geologia, botânica . . .).
A decisão de abandonar Medicina teria decepcionado o pai, que o aconselhou à carreira eclesiástica (seria pastor anglicano), de cujo projeto se apartou mais adiante.
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“Porque não vos fizemos saber o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade, porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: 'Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo'. E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo" (Apóstolo Pedro).
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quinta-feira, 5 de agosto de 2010
OS REAIS MOTIVOS QUE LEVARAM CHARLES DARWIN A DEIXAR O CURSO DE MEDICINA
Sou evangélico, membro da Assembleia de Deus (Ministério Templo Central). Licenciado em História e Graduando em Direito. Autor dos livros "Manual de português para o dia a dia forense" (2011) e "A origem de Senador Pompeu e as nossas genealogias" (2019). Autor e editor deste blog e também do blog portuguesdidatico.
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